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Cavalo de Przewalski

Cavalo Crioulo

O cavalo crioulo uma raa de cavalos.

O cavalo crioulo se originou dos animais de sangue andaluz e berbere introduzidos no pas pelo aventureiro espanhol lvar Nez Cabeza de Vaca nos primeiros anos aps o descobrimento. Aqueles que foram se perdendo da comitiva de Cabeza de Vaca durante as suas campanhas na regio aram a se criar livremente nas plancies da Argentina, do Uruguai e do Brasil, vivendo em estado selvagem por cerca de quatro sculos. Nesse perodo, as duras condies do clima acabaram criando, atravs da seleo natural, uma raa extremamente resistente tanto a temperaturas muito baixas ou muito altas, quanto seca e falta de alimento.

Assim como os mustangues norte-americanos, os animais que deram origem raa crioula eram caados e domados tanto pelos ndios cavaleiros, os charruas, quanto pelos estancieiros.
Atualmente, a raa crioula est espalhada por todo o Brasil, mas especialmente na regio froteiria do Rio Grande do Sul, onde est o principal smbolo da raa, os descendentes de La Invernada Hornero, de Uruguaiana.

O Cavalo Crioulo no Brasil

O bero do cavalo Crioulo o sul do Brasil, fronteira com o Uruguai e, so criados na regio do Rio Grande do Sul.
uma variedade da raa crioula da Amrica latina. Como os outros cavalos deste continente, ele produto da mistura de raas de origem africana (cavalo rabe primitivo) e europia.
Para o cavalo crioulo do Brasil, as duas origens tnicas so equilibradas. Herdou do cavalo rabe sua altura que raras vezes ultraa 1,50 m, sua cabea de corte triangular, seu perfil ligeiramente convexo e reto, suas orelhas curtas e bem separadas, sua garupa pouco inclinada e seu carter ativo. Do seu anteado europeu, herdou sua crina abundante, seu aspecto pequeno, porm forte e sua tranqilidade.
Sua descendncia rabe bem marcante.

Historia

Em 1493, os cavalos espanhis pisam pela primeira vez em terra americana, na ilha Hispaniola, e so os anteados diretos, de todos os cavalos “crioulos” americanos. Uma vez aclimatados ao novo ambiente e incrementada sua criao com as importaes realizadas posteriormente, reproduziu-se com rapidez, em poucos anos, estendeu-se para as outras Antilhas e ou ao Continente. Ao que tudo indica, Panam e Colmbia foram as primeiras regies em importncia na produo de rebanhos. Do Panam aram ao Peru, levados por Pizarro, onde comearam a multiplicar-se a partir de 1532. tambm ali que chegam, em 1538, cavalos provenientes da criao de Santiago de Uruba (Colmbia). Charcas transforma-se, assim, em um importante centro produtor de eqinos.

Contemporaneamente, Pedro de Mendoza (1535) e Alvar Nez Cabeza de Vaca (1541) introduzem cavalos, diretamente da Espanha, no Rio da Prata e no Paraguai. Alonso Luis de Lugo se compromete a levar duzentos cavalos da Espanha para a conquista de Nova Granada e Hernando de Soto sai de San Lcar de Barrameda (1538) com cem cavalos para sua expedio na Flrida. A partir deste momento, comea um verdadeiro intercmbio de rebanhos eqinos entre distintas regies. Procedem de Charcas as manadas que Valdivia levou ao Chile, em 1541, as que Diego de Rojas levou para Tucumam, em 1548, e as que Luis de Cabrera levou para Crdoba, em 1573, e logo a seguir para Santa F. Nesta zona, mais ou menos na mesma poca, chegam cavalos paraguaios, trazidos por Garay, descendentes daqueles que, 30 anos antes, Cabeza de Vaca introduziu diretamente da Espanha e dos que, em 1569, Felipe de Cceres levou do Peru. Do Paraguai, procederam tambm os rebanhos eqinos que chegaram Buenos Aires, em 1580, levados por Juan de Garay e Adelantado Juan Torres de Vera e Aragn para Corrientes, em 1588. Do Chile, chegam Argentina em 1561, atravs de Cuyo, rebanhos trazidos por Francisco de Aguirre, Castillo e outros.
Em 1605, entram no Chile os animais que o governador chileno Garcia Ramos levou do Rio da Prata e, em 1601, os que o Capito Lpez Vasques Pestaa levou de Tucumam. Verifica-se (Goulart, 1964) que a criao de cavalos se inicia nas redues do Rio Grande do Sul em 1634, com os animais trazidos pelos padres jesutas Cristbal de Mendonza e Pedro Romero, de Corrientes, para onde os cavalos haviam sido levados, a partir de Assuno, por Alonso de Vera e Aragn, em 1588.
Paralelo a este movimento de rebanhos mansos, seja por abandono ou fuga dos domesticados, ou porque, com o correr dos anos, o nmero destes foi aumentando de tal forma que superou as possibilidades ou as necessidades dos primeiros habitantes de mant- los sob controle no Norte e no Sul do continente americano, este primitivo rebanho crioulo se dispersou, formando enormes rebanhos selvagens que, no Mxico e Estados Unidos, foram chamados de “mesteos” e “mustangs” e de “cimarrones”, nas ilhas e Amrica Central. No Rio da Prata os designaram como “baguales”, o “kait” dos ndios pampas que acompanharam o Dr. Zeballos (1834) em sua viagem ao Chile, ou “sagu”, dos ndios do Noroeste argentino. Dos dispersados, os “cimarrones”, que habitaram os “lenis dominicanos” ou “planos da Venezuela”, diz-se que eram caados no primeiro quarto do sculo XVIII. Roberto Cunninghame Graham (1946) diz em seu livro que, por esses anos, nos planos da Venezuela, era o nico lugar da Amrica onde podiam encontrar-se cavalos “cimarrones”.
O “mustang” americano ou o “mesteo” mexicano tem origem parecida. Cabrera (1937 e 1945) e Denhardt (1947) explicam que no podiam ser cavalos abandonados ou perdidos pelas expedies de Cabeza de Vaca (1528, 1537), de Soto (1539, 1543) ou pela de Coronado (1540, 1542), porque a primeira no levava cavalos e as duas ltimas praticamente perderam todas suas montarias, mortas por fadiga da viagem ou pelos ndios. Acredita-se que foi Juan de Oate, por volta de 1595, quem levou ao Sudoeste dos Estados Unidos os anteados do “mustang”.
Parte daqueles cavalos domesticados se dispersaram posteriormente das misses, fazendas ou “ranchos” atacados pelos ndios e constituram o que a literatura americana chamou de “cavalos selvagens”, que eram cavalos mansos que viraram selvagens, “cimarrones” ou “baguales”, segundo as denominaes que lhes deram nos “lenis dominicanos” ou na “pampa sul-americana”. Dos originais “ginetes” andaluzes, possivelmente muitos morreram durante as conquistas, mas outros, sem dvida, se reproduziram e seus descendentes, aclimatados pelo meio americano durante muitas geraes, forjaram essas populaes crioulas, constitudas pelo “pequeno grande cavalo da Amrica”, como acertadamente batizou Guilherme Echenique.

Sem dvida, o Crioulo descendente direto do cavalo trazido para a Amrica pelos conquistadores. O mais difcil de demonstrar a composio tnica da populao eqina da Espanha nessa poca, quais eram os tipos de cavalos que predominavam e quais, por razes de distribuio geogrfi ca, poderiam ser os que vieram Amrica e deram origem nossa raa Crioula. Prado (1941), fez um estudo das “ascendncias” etnogrficas do cavalo chileno de 1541. Segundo o autor, os tipos primitivos de cavalos que tiveram marcada infl uncia na conformao do Crioulo so os cavalos celta e saloutre, cuja combinao originou a antiga “Jaca espanhola” (cavalo de alada inferior a 1,47 metros - U. Prado, “El Caballo Chileno”, pg. 13), o brbere ou raa africana, o asitico ou rabe e o germnico ou nrdico. Estes tipos de cavalos podem dar uma idia aproximada, segundo Prado, do que foi o cavalo espanhol daquela poca. O professor Ruy D’Andrade, em seus trabalhos (1935, 1939 e 1941), especialmente nestes trs, em que estuda os elementos bsicos da populao eqina da Pennsula Ibrica, representa um valioso aporte para o estudo dos anteados de nossos Crioulos, confi rmando a origem europia dos mesmos, ainda que marcadamente influenciados pelo tipo brbere ou africano, mas alheios, quase por completo, da influncia do asitico ou rabe. Da unio desses tipos “garrano” e “lbico” (cavalo andaluz de perfil convexo ou subconvexo), o autor supe que se deriva o tipo andaluz de perfil reto, e que os primeiros resultam, mais que sufi ciente para justificar no nosso Crioulo, nos tipos de perfil, chamados “asiticos” e “africanos”, respectivamente, e que o autor chama de “tipo garrano ou celta” e de “tipo andaluz ou lbico”. ite, igual a Dr. Cabrera, uma infl uncia preponderante de brbere na formao do cavalo espanhol, mas sem atribuirlhe, na realidade, o carter de verdadeiro cruzamento, j que por uma hiptese, o autor lusitano supe que “o cavalo andaluz no nenhum parente prximo do rabe, nem descendente do brbere, nem germnico, e sim, uma raa natural e local, transformada pela domesticao e por diversos cruzamentos sucessivos, efetuados at os tempos atuais. A estes grupos pertencem os cavalos brberes e germnicos”. A infuso de sangue brbere no tipo antigo andaluz viria a ser, assim, s um refresco de sangue e no um cruzamento. Eliminando o rabe como fator importante na formao das razes da raa, s duas origens tnicas importantes tendem a equilibrar sua ao nela: o “africano”, representado pelo cavalo brbere primitivo, e o “europeu”, produto da fuso dos tipos celtas, do soloutre e germnicos. Destacam-se, entre as caractersticas comuns herdadas de seus anteados, a alada mediana, que difi cilmente chega ou supera 1,50 metros, sua cabea curta, triangular, de perfil reto ou subconvexo, as orelhas curtas bem separadas, amplas em sua base e pouco perfi ladas, o pescoo erguido, a garupa pouco inclinada e o temperamento ativo, herana do brbere, que se unem abundncia de crinas e cola, ao aspecto “baixo e forte” e ao carter tranqilo de seus anteados europeus.

Caractersticas
Origem Rio Grande do Sul
Tamanho 1,38 1,50 m
Pelagem todas as variedades.
Carter tranqilo e esperto.
Atitude cavalo de sela, de viagem, resistncia e de lida de campo.
Qualidades resistente.
Cabea curta; perfil retilneo, ligeramente cncavo ou convexo.
Flanco curto, cheio, unindo harmonicamente o ventre ao posterior.
Paletas comprimento mediano, ligeiramente inclinadas e fortemente musculadas, caracterizando encontros bem separados.

Braos e cotovelos fortemente musculosos: braos devidamente inclinados com os cotovelos, bem afastados do peito.
Ante-braos musculosos, bem aprumados, afinando-se at o joelho.
Joelhos fortes e ntidos.
Canelas curtas, com tendes fortes e bem definidos; bem aprumadas.
Quartelas de comprimento mdio, fortes, espessas, nitidas e medianamente inclinadas.
Cascos de volume proporcional ao corpo, duros, densos, slidos, aprumados e negros de preferncia.
Garres amplos, largos, fortes, secos, paralelos ao plano mediano do corpo; ngulo anterior do garro medianamente aberto.
Peso oscilar entre 400 (quatrocentos) e 450 (quatrocentos e cinquenta) quilos.

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